sábado, 26 de março de 2011

A DIFÍCIL TAREFA DE RECOMEÇAR!

 Autor: W.Rodrigues...
Como é difícil começar. A maioria das pessoas sofre de medo de iniciar e de pânico de reiniciar.
Iniciar depois que um dia se começou alguma coisa, porém, se caiu, é, todavia, bem mais difícil.
Sim! Porque no fazer “de-novo” depois da queda, tem-se que aprender a ciência do fazer sem a energia do começar, que, em geral, vem da ambição de provar o próprio valor, e, depois, prossegue pela simbiose entre sucesso e vaidade.
Aquele que um dia fez e caiu no que fazia, tem que se erguer de escombros de depressão, de tristeza e de realidade em estilhaços, e isso sem os ânimos do engano.
Eu sei o que estou falando. Já tive que me por de pé muitos e muitos dias apenas crendo que é em pé é que eu deveria estar. E dizia para mim mesmo: “Filho do Homem! Põe-te em pé e falarei contigo!”; ou ainda: “Que fazes aqui Elias?”; ou mesmo: “Das profundezas clamo a Ti Senhor!”
E para recomeçar?
Ah! Meu Deus!
Pesa mais recomeçar depois que já se teve muito ou quase tudo, do que quando nunca se fez ou teve nada. Sim! Pois se sabe que se foi por muitos labores que se chegou aonde se chegou [e de onde se caiu] — será por muitos e muitos mais trabalhos interiores e exteriores que se sairá de onde se caiu a fim de começar outra vez.
Na juventude se começa na ilusão e no sonho. Mas quando um dia a vida veio e se foi como trabalho e manifestação social da pessoa, e ela, todavia, tem que recomeçar, então, terá que fazê-lo sem as forças das esperanças não provadas pelo fogo da existência, e, assim, terá que realizar sem poder contar com o poderoso motor das ignorâncias filhas da ilusão.
Para recomeçar no sentido da vida só mesmo pela fé!
Talvez seja por essa razão que Abraão já não fosse jovem quando foi chamado; e já era um velho amortecido quando gerou seu filho Isaque. Talvez seja pela mesma razão que Moisés já fosse idoso ao ser chamado para conduzir o povo. Sim! Pois ambos já eram homens sem ilusões, e, por isto, eram homens apenas da fé, e não do entusiasmo dos tolos e ambiciosos, por mais puros que fossem em seu entusiasmo iludido.
Abraão e Moisés não voltaram para suas casas empolgados e dizendo: “Oba! Surgiu-me uma grande oportunidade de mudar o mundo!”
Não! Foram decisões difíceis e graves. Implicavam em abandonar todos os passados. Determinava uma decisão de rompimento com todas as coisas. Era como nascer de novo já velho, e sem as ignorâncias que animam a existência juvenil.
Enquanto a gente começa apenas na empolgação, a gente fica sem saber o significado de andar apesar de tudo, e de esperar contra a esperança.
Entretanto, seja qual for o começo ou o recomeço — ambos e ou todos eles só começam ou recomeçam com um passo simples.
Na juventude o salto é como o de uma lebre ao alcance de uma cenoura de chance na vida. Mas quando um dia se afundou no pântano das cenouras, o que de lá emerge é um mutante radical, pois, sai um jabuti, com casco pesado, com carapaça densa, com pele encascada; e lento; muito lento; muito no esforço... Mas sai!...
No entanto, quando tal pessoa-jabuti decide erguer-se, por mais difícil que seja, o faz movido por amor à vida, e não mais em razão das ilusões da vida.
Entretanto, terá que levantar-se muitos e muitos dias apenas em nome da fé e de seu amor pela vida, pois, muitas vezes, só terá esses elementos a pavimentar seu chão.
Houve um tempo em que eu ficava triste porque tinha que dormir. Hoje eu folgo a possibilidade de descansar. Entretanto, cada ação minha é muito mais apenas e tão somente o fruto de minha essência em fé e amor a Deus e à vida, pois, os motivadores da juventude todos eles se acabaram.
Hoje eu sei que a glória da segunda casa é maior do que a da primeira, pois, a primeira casa é feita pelas mãos movidas pela glória, enquanto as mãos que erguem a segunda casa são apenas movidas pelo amor simples.
Assim, quando faço muitas coisas apenas por consciência e não por empolgação, muitas vezes o faço entre suspiros pesados de cansaço, mas com grande alegria de verdade no coração, pois, a segunda casa não é gloriosa como a primeira, mas é simples, sincera e sem entusiasmos infantis.
Até Noé, depois do Dilúvio, antes de recomeçar, plantou uma vinha, pois, depois do Dilúvio a alma quer um descanso de alegria leve. Mas a vinha não lhe fez bem. Excedeu-se. E teve que viver com as conseqüências.
Depois do dilúvio eu fiquei parado entre plantar uma vinha e continuar direto da arca para a construção de algo que fosse a continuidade da vida.
Fiquei quieto!...
Decidi plantar um trigal, não um vinhedo. E levantei todas as manhãs e fui dormir quando o dia amanhecia, crendo que aquele que vai andando e chorando enquanto semeia, voltará com jubilo trazendo os seus feixes.
E é assim que levanto todas as manhãs. É assim que me levantarei todas as manhãs, se Ele assim me ajudar. Pois, quero andar sereno enquanto planto; certo de que se chora no caminho, mas, muito mais certo ainda de que os feixes de vida já estão prontos para que eu os leve em meus ombros como carga de alegria da vida.

domingo, 20 de março de 2011

Por que os relacionamentos acabam?

 Autor: W.Rodrigues

O problema é. Achamos que conhecemos as pessoas e deixamos de lado as perguntas sobre o que elas realmente Querem ou pensam...


Olá, meus caros leitores. Hoje escrevo sobre os relacionamentos, uma das causas mais importantes, ou a mais importante, para nosso bem estar. Como é bom ter uma pessoa legal ao nosso lado, com quem nos sintamos bem um com o outro e possamos viajar no mundo interior desse relacionamento onde ambos se entendem, se preenchem, se respeitam e se amam.
O segredo do relacionamento está em sua origem. Como foi que você escolheu seu relacionamento? Alguns relacionamentos não dão certo por uma das duas razões a seguir:
1- Você pode estar com a pessoa certa, mas está amando errado.
Você e seu parceiro(a) se comunicam mal.
Você não sabe criar uma real intimidade.
Você não pede aquilo que quer e acaba guardando ressentimento. Você negligencia o relacionamento.
2- Você está com a pessoa errada.
Seu amor ou seu estilo de vida não combina com o amor ou o estilo de vida de seu parceiro.
Vocês não compartilham suficientemente valores e compromissos comuns.
Seu parceiro é portador de “defeitos fatais” que tornam impossível manter um relacionamento bem-sucedido.
Vocês não podem dar um ao outro aquilo de que precisam.
Se você estiver amando a pessoa errada, amar da forma certa não fará nenhuma diferença na sua vida. Quem você escolhe para amar é tão importante quanto como você escolhe amar.
Por que nos apaixonamos?
Você já se perguntou por que se apaixonou por tal pessoa? Seria porque a encontrou na aula de ginástica e achou essa pessoa muito bonita e simpática, acabou rolando alguma coisa, ou porque sempre teve a fantasia de um homem alto, cabelos loiros, com uma musculatura forte, condição de vida realmente confortável... enfim, existem muitas maneiras e condições para nos apaixonarmos.
Claro que cada pessoa é única e tem sua forma e razões de escolha. Essas condições podem parecer boas razões para começar um relacionamento, mas não são. E muitas pessoas que tomam essa forma de amar descobrirão, somente daqui a um mês, seis meses, um ano ou mais, que se relacionaram com a pessoa errada.
O amor não é suficiente para fazer um relacionamento dar certo; também são necessários a compatibilidade e o compromisso. A triste verdade é que muito poucos relacionamentos terminam não porque os parceiros não se amam, mas porque eles não combinam um com o outro. Quando está viajando com alguém que não é a pessoa certa para você, a jornada do amor poderá conduzi-lo(a) por muitas trilhas difíceis e oferecer numerosas lições de sofrimento.
Mesmo com todas as grandes explicações sobre o amor, a aventura do amor exige uma grande coragem, vontade e confiança emocional. Ela requer que você se arrisque, que mude, que cresça e, no preciso momento em que pensa que pode parar e descansar um pouco, ela exige que cresça um pouquinho mais. Entretanto, através desse crescimento você é recompensado(a) com a experiência de se sentir pleno(a) e magnificamente vivo(a). Você, a cada vez que experienciar um relacionamento, sentirá mais do que sentiu antes e será mais do que jamais foi.
Quanto mais longe e profundamente avançar em sua aventura de amor, mais claro se tornará que seu verdadeiro destino não se encontra em algum ponto do futuro, mas que está aqui agora e que a meta não é chegar a algum lugar, mas estar plenamente presente onde você já está. Você percebe que o amor não é algo que se faz para obter um resultado. É uma ação que, em si, o(a) enche de alegria e, dessa forma, preenche sua própria finalidade a cada momento.
Quanto tiver encontrado o parceiro(a) certo para acompanhá-lo(a) na viagem que chamamos de vida, sua jornada, ainda que sempre desafiadora, se transformará naquela que lhe proporcionará verdadeiramente a felicidade. E, apenas quando estiver ao lado do parceiro(a) certo conseguirá extrair forças do relacionamento. Não para ficar caído(a) de amor, mas para crescer no amor.
Foque sua atenção na escolha do parceiro ideal e se pergunte:
Qual é a pessoal ideal para você?
Qual a sua intenção em atrair um relacionamento?
Está disposto(a) a abrir mão de algumas coisas na sua vida?
Está disposto(a) a aprender e a evoluir com essa pessoa?
Enfim, faça diversas perguntas para você mesmo(a) e automaticamente será atraído(a) para a pessoa que você idealizou.
Tenham uma ótima semana.